Ele gostaria de dizer que ela foi o sol de sua vida. Já lhe disse algumas vezes, há muito tempo, e nunca lhe pareceu vulgar dizê-lo. Sempre gostou da poesia, mas daquela antiga, que tinha lugar para árvores, flores, pássaros e borboletas. São metáforas que nunca o cansam. Agora há pouco se lembrou de quantas vezes disse que a amava, e sentiu uma ternura tão grande que, sozinho na sala, se pôs a dizer, com olhos agradecidos e chuvosos, que ela foi sempre o sol da sua vida, não esse falso que o incita a abrir a janela.
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