"Forte e baixo, na chaminé
O vento suspira;
E então, como resposta
Brilha o fogo
E o quarto ilumina-se e escurece
Como se respirasse.
Junto à chaminé que soa
O jovem à parte
Muda de cor e
Com o coração em alvoroço
Escuta no centro da tempestade
A voz do amor e da morte.
Alto soa o amor como uma flauta
E as suas ternas notas
Parecem nascer nos prados de abril
Ou currais da encosta;
Mas o vento dos bosques na chaminé
Profere o lema da morte."
(De Poemas, tradução de José Agostinho Baptista, publicação da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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