"Dois sóis congelam - tende piedade, ó deus! -
Um - no teu céu, outro - no peito meu.
Como esses sóis - algum dia terei cura? -
Como esses sóis levaram-me à loucura!
E ambos congelam - o seu raio não dói!
E o que gela antes é o mais quente dos dois."
(De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, publicação da Martins Fontes.)
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