Sándor Márai é da linhagem dos obcecados, como Dostoiévski. Tudo nele é sombrio, interior e lancinantemente dramático. Só há lugar para o sofrimento, para a maldade, para a perversão máxima que só os seres humanos conhecem e usam para atormentar outros seres humanos. Alguém, não importa em que página apareça, há de ser destruído por alguém. Felicidade é uma palavra que Márai põe na boca dos tolos. Ler Márai é descobrir a justiça que há nos tormentos sofridos por esses tantos cretinos que apregoam o amor como o supremo bem da vida.
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