Como eram comoventes aquelas longas cartas em que as mulheres renunciavam ao amor e apresentavam dezenas de argumentos, ditados pela razão e pelo coração, em folhas e folhas manuscritas e molhadas pelas lágrimas. Não existe adeus na linguagem amorosa atual, nem lágrimas. Por e-mail ou pelo msn, sem preâmbulo e sem argumentação, vêm as quatro incisivas palavras: "Fulano, olha, já deu." Ou, quando há um pouco mais de consideração, estas oito: "Fulano, é pena, mas não vai mais rolar."
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