"Na primavera, eis que a ave canta:
Nasceu, e logo a voz lhe ouviste?...
Pura, tão simples, algo triste
Sua voz, na mata, nos encanta!
Já no verão, a ave quer par;
É amor, e amor de passarinho:
Uma só vez, e como o ninho
É doce, fiel, na mata - e no ar!
Depois, se vem o outono e a bruma,
Calar, pois vem o frio que mata.
Ah, quão feliz então, na mata,
É a morte da ave, que se esfuma!"
(De Cinquenta poemas, tradução de Mauro Gama, publicado pelo Ateliê Editorial.)
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