Lá dentro, no banquete dos comensais da literatura, explodem risos, rolhas, exclamações. A música e as luzes parecem ter enlouquecido. Daqui de fora, atiramos pedras e insultos. Já há uma hora estamos assim. Fingem não nos ouvir. Têm agora a desculpa de que a festa chegou ao auge e nem lá dentro se entende o que os convidados dizem uns aos outros. Continuamos lançando pedras. Talvez enfim alguém se indigne e venha aqui fora. Estamos dispostos a dialogar. Pode ser que ainda não tenham acabado as carnes e o vinho.
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