"Que não me digam
que escrevem simplesmente,
que dizem o poema
sem pensá-lo sequer.
Que ele nasce sem mais nem menos.
É um árduo trabalho,
um ofício de ferreiros, um fazer proletário,
um cansaço que continuará amanhã.
Que não me digam
que se fazem poemas sem suores,
sem uma longa e violenta jornada de trabalho.
Tenho as mãos como as de um lavrador,
duras, gastas, cheias de poemas."
(Do livro Poesia argentina, tradução de Bella Jozef, publicado pela Iluminuras.)
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