O Amor é mesmo um bufão.
Mesmo que razão não tenha,
Não há vez em que não venha
Dizer-nos que tem razão.
E em convencer-nos se empenha
De que, fora dele, não
Há nenhuma solução
Que válida se mantenha.
Ousei dele duvidar
E ele, sem pestanejar,
Como a Rainha Maluca
Agiu com Alice, a travessa,
Mandou cortar-me a cabeça.
Da garganta até a nuca.
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