Enquanto o amor insistir
Em se fazer de rogado,
Venha o que estiver por vir,
Nada será alterado.
Que adianta o fruto existir,
Graúdo, belo, dourado,
Se quando o vamos fruir
Ele nos é recusado?
O amor o fruto nos mostra
Mas avisa bem: é amostra,
Só para olhar, não tocar.
Só depois de um cativeiro
De ao menos um ano inteiro
O poderemos provar.
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