Os personagens de Dostoiévski, com seus atos de abjeção, parecem estar sempre provocando a intervenção divina. É como se a todo instante dissessem: "Se estou errado, vem dizer-me. Só acredito na pureza se Tu mesmo a declarares a mim." Também Antero de Quental, numa noite de terrível tempestade, entre raios e trovões, exortou Deus a provar que existia: "Mata-me, mata-me!"
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