Às sextas-feiras elas faziam uma infusão com folhas bem picadas de algum conto de Cortázar e, preparando-se para o êxtase que viria quando a tomassem, abriam as grandes janelas para compartilhá-lo com os pássaros noturnos. Conhecedores do ritual, estes chegavam sem receio dos três gatos, um de cada feiticeira, por saberem que eram pássaros também, disfarçados, e logo se juntariam ao canto em que se celebrava sempre o predomínio das trevas sobre a luz e sua definitiva vitória.
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