"Quando escreve poesia, o indivíduo é sempre apoiado e até mesmo arrastado pelo ritmo das coisas externas; pois a cadência lírica é a da natureza: da água, do vento, da noite. Mas, para formar a prosa de modo rítmico, é preciso aprofundar-se em si mesmo e encontrar o ritmo anônimo, variado do sangue. A prosa deve ser construída como uma catedral; ali somos realmente sem nome, sem ambição, sem auxílio: sobre os andaimes, sozinhos com a consciência."
(Do livro Cartas do poeta sobre a vida, tradução de Milton Camargo Mota, publicação da Martins Fontes.)
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