Boa noite. Fervi no fogo de todos os demônios, tenho em mim as marcas do teu chicote, sinto-me cavalo teu e mastigo a relva que me oferece a tua mão. Tu me cavalgas há tanto tempo que tenho o contorno de certa parte do teu corpo desenhado em meu lombo. Relincho educadamente, para que me açoites somente quando chegarmos ao lugar em que a sombra das árvores nos esconderá e tu já serás menos senhora, e eu menos cavalo. Nesse lugar, abrandarás o chicote e eu relincharei como relincham os cavalos no clímax do cio.
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