Apesar do sol, que manhã triste esta, doente, daquelas em que nos romances antigos o vento chorava no ombro dos ciprestes... Manhã daquelas nas quais as famílias internavam o parente maluco no sanatório, sabendo que dali ele jamais sairia. Manhã como as tantas em que tantos tiveram a coragem enfim de abrir a gaveta e tirar bem lá do fundo o revólver. Mas os passarinhos cantam. A eles não ensinaram a lição da tristeza e eles cantam, cantam ainda, já na boca do gato faminto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário