Estarmos vivos é tão
Inútil e irrelevante
Quanto o vento soprar diante
De um jardim de papelão.
Por que vivemos, se não
Viveremos o bastante
Para apreender, num instante,
Qual é da vida a razão?
O que no mundo fazemos?
Isso jamais saberemos,
E nem adianta indagar.
Talvez nos caiba sorrir,
De inquirições desistir
E viver para gozar.
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