Que os outros digam se nós
Poetamos ou blateramos,
Cantamos ou descantamos,
Se é digna ou não nossa voz.
Que digam sem divagar
Se orgulhar-nos nós devemos
Do ofício que recebemos
Ou o devemos deixar.
Nós te louvamos, poesia,
Te amamos e proclamamos
Nosso pão de cada dia.
Acertamos, afinal,
Ou será que nós erramos
E és um veneno mortal?
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