A primeira viagem que fiz com meu terninho de marinheiro, aos cinco anos, foi para que tirassem a minha também primeira foto. Quem tirava fotos, naquela época, eram só os fotógrafos, em seus estúdios. O desse meu era na rua Direita, salvo engano, e me lembro com certa angústia das mil e uma vezes que ele girou meu rosto, até ele assumir a pose definitiva. Senti-me como um herdeiro do império austro-húngaro ameaçado de perder a sucessão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário