"Minha mãe me deu The fabulous life of Diego Rivera no meu aniversário de dezesseis anos. Transportei-me para o universo de seus murais, suas descrições de viagens e atribulações, seus amores e seu trabalho. Naquele verão arranjei um emprego sem carteira em uma fábrica, conferindo guidons de triciclos. Era um lugar horrível para trabalhar. Eu escapava em meus devaneios enquanto trabalhava. Ansiava por entrar na fraternidade dos artistas: a fome, o modo de vestir, o processo e as orações. Eu me gabava de que um dia seria amante de um artista. Nada parecia mais romântico para minha cabeça de jovem. Eu me imaginava como Frida para Diego, musa e criadora. Sonhava em conhecer um artista para amar e apoiar e trabalhar lado a lado."
(Tradução de Alexandre Barbosa de Souza, publicação da Companhia das Letras.)
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