Como outros no asilo, seu Lucas anda com a memória fraca. Nas histórias que conta, a mãe tem três ou quatro nomes. Ora é Lúcia, ora Laura, ora Luísa. Ou Helena. Mas é sempre a melhor das mulheres do mundo, uma santa. O nome do pai ele nunca esquece. Jesuíno. Aquele bêbado, aquele puto, aquele sacana. Aquele monstro que fez a santa mãezinha - Lúcia, Laura, Luísa ou Helena - entrar na viração para sustentar a casa.
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