Sonha, se tua realidade é triste.
Sonha, que o sonho ao menos pode dar,
A quem sofre, a ilusão de acreditar
Que é verdade o que só no sonho existe.
Sonha, e mesmo o que nunca, nunca viste,
Nem pensaste sem logo duvidar,
Tudo terás, real, a fulgurar,
No remanso ideal que construíste.
Sonha, e tudo que sonhes de mais belo
Abriga em teu intrépido castelo
Que a ventania arrojará ao chão...
Que importa? Apenas te acharás tristonho
Até que eterno sonhes novo sonho,
Eterno até o novo furacão.
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