"Na semana passada jantei com o escritor espanhol Enrique Vila-Matas, que me contou a história de um colega que, ao chegar para dar uma palestra, deparou-se com um auditório vazio. Ou quase, porque havia uma senhorinha no fundo. O escritor, muito apropriadamente, deu sua conferência por uma hora, como se o salão estivesse lotado. Ao final, a velha senhora atravessou todas as cadeiras vazias, se aproximou do palestrante e perguntou: 'O senhor poderia resumir tudo o que disse aqui perto da minha orelha? É que sou meio surda.'"
(Do livro A última madrugada, publicado pela LeYa.)
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