"Um trem some na noite,
Já não sabes
O que nesta viagem
Aconteceu.
O olho cego de Deus
Ilumina os campos nevados,
A brancura de nada saber
Te faz bem.
Moves-te
Num ventre de áspide,
Move-te a vontade de outrem,
Tua complacência viaja.
Tua complacência,
Uma fúria
Que o vagar das sombras
Enterneceu.
Não há tua história,
Tua estrela no peito, teus bens.
Há um rosto fixo e mudo.
Teu nome é ninguém."
(De O amor e depois, publicado pela Iluminuras.)
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