Os nossos olhos mortais
Que tanta miséria viram
Agora somente aspiram
A ver cenas celestiais.
Nunca mais aceitaremos
Como aceitávamos antes
Esses roteiros maçantes
Nos quais sempre nos movemos.
Esqueceremos a vida
Como foi por nós vivida
E o mundo tolo também.
Nos deixaremos dormir,
Nos deixaremos partir,
Para o céu e para além.
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