Ingênuo, enquanto te dizes
À força do amor imune,
Ele em silêncio te pune
E afunda em ti as raízes.
Não sentes, mas dia a dia,
Aos poucos, devagarinho,
Ele amplia o seu domínio
E em ti mais fundo se enfia.
Como procederás quando
Estiveres caminhando
E te apontarem na rua?
Como explicarás a flor
No rosto, a rosa do amor?
Tu dirás que não é tua?
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