"Separai uns momentos para recordar o último dia em que vos sentistes feliz, liberta de calendários, descalça numa praia; entregue, nua, a um trecho de música; rendida, na penumbra de um quarto, a lindos, interditos cismares.
E concedei, Senhora, meio segundo desse claro olhar, volvendo-o, feito por acaso, ao sujeito que finge escrever tudo isto, como se alheio ao universo, como se indiferente à tirania de vosso encanto."
(Da crônica "A dama do celular", do livro O silêncio do mundo, publicado pela AGE Editora.)
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