16h51. Um senhor, desses que pela aparência mereceriam sempre o título de filósofos, entrou para falar comigo. Claro que começou a conversa perguntando:
por quê? Por que estou fechando a loja? Eu respondi genericamente: por uma porção de coisas. E sugeri ter passado recentemente por um drama pessoal. Ele, certamente um conhecedor das fraquezas humanas, arriscou: a morte de um ser amado? Neguei. Bebida? Neguei. Jogo? Neguei. Mulher?, ele tentou. Eu não disse nada, só sorri (e nesse sorriso ele talvez tenha notado uma acusação de charlatanice). Em qual acontecimento da vida de um homem, venturoso ou catastrófico, não se adivinha a mão de uma mulher?
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