"Conheces o rio que há perto de Grez,
Esse rio profundo e claro?
Entre os lírios das suas margens,
O velho rio ainda corre
E desce das represas geladas.
Velho como o famoso Reno,
Corre claro e rápido,
Corre sem se deter por campos e cidades,
Do Sul ao Norte, sobe e desce,
Do passado para o presente.
O meu amor nasceu junto a ele;
E agora, embora ao longe,
O meu solitário espírito ouve o murmúrio
Da água à volta dos pilares
Da ponte de Grez.
Possa o meu amor conservar em vida,
Para sempre, semelhante paz;
Que esse amor nunca envelheça
Mas, claro e puro como um manancial,
Seja abençoado pela graça."
(De Poemas, tradução de José Agostinho Baptista, edição da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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