"Olhou bem para as nuvens: escuros e velozes cavalos que se avolumavam no céu. Uma negra tempestade que rebentava fora da estação! Assim também era o amor, pensou; o amor que vinha tarde demais. Só que a ele não sucedia a bonança, como quando a fragrância do crepúsculo ou a tardia luz do sol e a umidade retornavam à terra surpreendida. M. Laruelle apressou ainda mais seus passos. Mesmo que um tal amor cegasse, emudecesse, enlouquecesse, matasse uma pessoa - seu destino não seria alterado pelo seu símile. Tonnerre de dieu... Dizer como era o amor que vinha tarde demais não saciava a sede."
(De À sombra do vulcão, tradução de Leonardo Fróes, edição da L&PM.)
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