Abra o coração, abra-o mais, escancare-o. O que você pode ainda temer? Já riem de você, agora gargalharão. Isso é mais do que merece seu numerozinho pobre, esse discurso de um velho que insiste em falar de amor, como uma galinha cacarejando um poema de Rimbaud. Escancare o coração e abra amplamente os ouvidos para os risos gorgolejantes. É o melhor aplauso que você conseguirá, com esses versos em que as estrelas parecem pedacinhos de bolacha mergulhados em leite morno, para que você não se lastime uma vez mais por seus frágeis dentes.
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