Quando ofereci a alma ao amor, ele sorriu. Agradeceu, mas não aceitou. Disse que não se usava mais esse tipo de transação: tudo era havia muito tempo resolvido só na esfera carnal, sem margem para complicações futuras. Deu-me uma piscada, perguntou se eu conhecia um bom motel por ali e, tomando-me a mão, quis saber onde estava meu carro. No meio do caminho, como se me oferecesse uma pechincha, sugeriu que, se fosse um carro espaçoso, talvez nem precisássemos de motel.
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