"Ramona Caraballo foi dada de presente assim que aprendeu a caminhar.
Lá por 1950, sendo ainda menina, ela estava como escravazinha numa casa de Montevidéu. Fazia de tudo, a troco de nada.
Um dia, a avó chegou para visitá-la. Ramona não a conhecia, ou não se lembrava dela. A avó chegou vinda do interior, do campo, muito apressada porque tinha que regressar em seguida. Entrou, deu uma tremenda surra na neta e foi embora.
Ramona ficou chorando e sangrando.
A avó tinha dito, enquanto erguia o rebenque:
- Você não está apanhando por causa do que fez. Está apanhando por causa do que vai fazer."
(Do livro Mulheres, tradução de Eric Nepomuceno, edição da L&PM.)
este conto é do "Livro dos abraços", denominado "A cultura do terror/5", e não do livro "Mulheres"
ResponderExcluirEu o extraí do livro "Mulheres", publicado pela L&PM. Só a editora poderia explicar o caso, Ana Laura. Abraços.
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