"Escrever é sempre a expressão de um fracasso, com o qual não se aprende nada - ao contrário da vida real, em que o erro nos melhora. Na literatura acontece o contrário: a presunção doentia que nos leva a escrever e que eventualmente encontra aquela mínima ressonância - o prato de resto de comida do cão faminto, ao qual nos lançamos com a língua de fora - acaba por nos corromper a alma por inteiro de maneira que em poucos anos não servimos para mais nada senão medir a própria incompetência, linha a linha."
(De Beatriz, publicação da Record.)
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