quarta-feira, 9 de março de 2016
Como se fosse no confessionário
O afeto que venho recebendo - aqui e no "face" - tem sido tão surpreendentemente grande que eu já nem sei como proceder. Não responder a ele seria falta de educação. Agradecer pode ser interpretado como falta de vergonha, como um apelo para que ele se mantenha. O fato é que ele me tem feito muito bem. Sou inseguro, sonso, tonto como um menino de dez anos. Exponho-me quase a ponto de me desnudar emocionalmente. O que há aqui de virtual me estimula a fazer essas confissões. Creio que todos já saibam que sou um pateta sentimental, um homem que, dando corda demais à ficção e à fantasia, acabou enredado nelas e perdeu a noção da realidade de tal forma que há momentos nos quais penso que uma camisa de força logo será meu traje diário. Crio coisas, situações, e assumo comigo o compromisso de acreditar neles. A personagem principal desses desvarios é Priscylla Mariuszka Moskevitch, que já não sei se é criatura ou criadora. Os ideais românticos, que nos normais se esgarçam aos poucos, permanecem em mim desde a adolescência, ora como bênção, ora como praga. Creio já ter dito, aqui mesmo, que meus textos talvez sirvam mais à análise psiquiátrica do que à fruição literária. E, antes que isto enverede ainda mais pela sandice, quero agradecer a todos a gentileza de me aturarem. É algo que já nem eu venho conseguindo. A quem me achar reles e cabotino, digo que muitas vezes me sinto assim, também. Bom dia
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