Fechar a loja, antes que eu acabe dormindo aqui. Por mais que me agradem estes objetos, estas quinquilharias de amor, é hora de um homem estar em sua casa. O pobre Pierrre, esse prestimoso gato que há algum tempo nomeei gerente, ficará tomando conta de tudo. Ele se afeiçoou aos objetos de tal forma que cada manhã o encontro dormindo num canto. Esta manhã estava deitado sobre um livro de poemas de Mario Benedetti que me é muito caro, pelo autor e por quem o deixou em minhas mãos, numa época melhor que esta. Hora de sair. Nem conversarei com a lua. É tempo de ir me desapegando de todas as coisas queridas.
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