Escrever, no fim das contas, não vale grande coisa. É só um ardil, entre tantos, que arranjamos para justificar nossa existência. Outros apresentam outras justificativas. Os dançarinos, os arquitetos, os tocadores de banjo. Cada um de nós precisa de pelo menos uma desculpa. É como se desde o nosso primeiro dia quiséssemos chamar a atenção do Criador, adulá-lo, agradecer-Lhe, ainda que não saibamos bem por quê, para que Ele não se sinta mais culpado do que é pelo erro de nos ter criado.
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