"Eu continuo lhe escrevendo. Não consigo fazer nada além de pensar na senhora e de me envolver com sua pessoa, tão ocupada, distraída, atarefada... não de todo indiferente, mas cruelmente muito razoável, e raciocinando tão bem! Ó mulher! mulher! A artista será na senhora sempre mais forte do que a amante. Mas também a amo como artista. Há no seu talento uma porção de magia que me encantou. Firme logo o passo para essa glória que quero esquecer; e, se precisar de uma voz para encorajá-la, ou de um braço para apoiá-la, ou de um corpo sobre o qual possa apoiar seu pé para subir mais alto, a senhora sabe..."
(De Aurélia, tradução de Luís Augusto Contador Borges, edição da Iluminuras.)
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