Naquele que viria a ser seu último ano, resolveu que nunca mais escreveria. "O que fiz já basta, é mais do que suficiente. Eles que leiam." Passava os dias aguardando notícias. Vinham algumas. Nenhuma, porém, de Estocolmo. E ele perguntava à mulher, aos filhos, aos netos: "Nada? Nada? Nada?" Sua obsessão era comentada pelos vizinhos: "Ele está esperando uma carta da Suécia, de um tal de Abel."
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