Não sei quantos sonetos terei tempo ainda de fazer. Talvez um, talvez dez, talvez cinquenta. Serão todos como os trezentos que tenho arquivados: formalmente certos, talvez impecáveis até, belos se vistos por olhos benevolentes, belíssimos se lidos por leitores generosos, comuns e inócuos na opinião de especialistas. Resumindo: tanto faz ou fará serem escritos ou não. Nada irão acrescentar. O que significa - se me permitem esta prosaica previsão - que eu morrer hoje é a mesma coisa que eu morrer em 20 de dezembro de 2016 ou 12 de março de 2024.
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