Quando os estranhos sinais começaram a aparecer na mão da menina, a mãe a censurou: era o que acontecia com quem vivia apontando o dedo para a lua. Pareciam algarismos, letras. Traçavam-se sozinhos durante a noite. Toda manhã notava-se um novo sinal, às vezes dois. No primeiro dia da primavera, a menina, assim que acordou, correu para mostrar a mão à mãe: à noite o trabalho se completara. Havia três palavras bem nítidas ali. Era o início de um poema de Mario Quintana.
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