Sempre que chega o carteiro, o Velho faz a mesma pergunta:
"Alguma carta de Estocolmo?"
Há dez anos a resposta do carteiro é:
"Não."
Há dez anos o Velho se lamenta:
"O Nobel me esqueceu."
"Quem sabe amanhã", sugere o carteiro.
"Eu já estou perdendo a esperança."
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