Eu me decidi pela literatura muito cedo - aos doze anos, se bem me lembro. Tantas décadas depois, tenho consciência de que não fui - e não serei- o extraordinário escritor que pretendi ser. Não importa. Sou o escritor que pude ser e, se me arrependo de alguma coisa, é de não ter me decidido antes e não haver me empenhado mais. Mesmo que eu tivesse sido um escritor pior, o leitor apaixonado que fui, como parte do meu aprendizado, compensaria tudo
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