"A mulher quer ser amada sem razão, sem porquê: não porque seja bela, ou boa, ou bem-educada, ou graciosa, ou espiritual, mas porque é. Qualquer análise parece-lhe uma diminuição e uma subordinação de sua personalidade a alguma coisa que a domina e a mede. Nega-se, pois, a isso, e o seu instinto é justo. Desde que podemos dizer um porque não estamos mais sob o prestígio, apreciamos, pesamos, somos livres, ao menos em princípio."
(De Diário íntimo, tradução de Mário Ferreira dos Santos, edição da É Realizações.)
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