Que esforço fazem os velhos para se dizerem felizes. Convencem os outros, quase se convencem. Eu odeio minha velhice, abomino minhas rugas, execro este rosto que não merece os olhos que tem. Gostaria de ser jovem ou, em último caso, um pouco menos velho. Como me agradaria pronunciar a palavra amor com lábios menos murchos, menos secos, menos deploráveis. Como me aliviaria isso, como me consolaria, ainda que fosse só mais uma vez, uma, uma, uma.
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