"A fé é um engano voluntário e por amor; é a partilha de uma ilusão, de um sonho, de uma esperança, de um ideal."
"O ceticismo é mais sábio, mas paralisa a vida, suprimindo o erro. A maturidade de espírito consiste em entrar no jogo obrigado, dando-se o ar de quem é por ele enganado. Essa complacência afável, corrigida por um sorriso, é ainda o partido mais engenhoso. A gente se presta a uma ilusão de óptica, e essa concessão voluntária assemelha-se à altivez. Uma vez prisioneiro na existência, é preciso tolerar de boa vontade as suas leis. Enfurecer-se contra ela conduz somente a cóleras inúteis."
"Não há religião séria sem trevas, como não há fé ardente sem fanatismo."
(De Diário íntimo, tradução de Mário Ferreira dos Santos, publicação da É Realizações.)
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