"Por volta das 11 horas, como todas as noites, Camargo abre as cortinas da sala na rua Reconquista, coloca a poltrona a um metro da janela para que a penumbra o proteja e espera que a mulher entre em seu campo de visão. Às vezes ele a vê passar como uma rajada pela janela em frente e desaparecer no banheiro ou na cozinha. Do que ela mais gosta, porém, é de postar-se diante do espelho do quarto e despir-se com suprema lentidão."
(Editora Objetiva.)
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