"Para escrever-se a história da própria vida, é preciso que se tenha vivido. Não é, pois, a minha a que escrevo. Atingido, em minha mocidade, por uma abominável enfermidade moral, narro o que me aconteceu durante três anos. Se eu fosse o único doente, nada diria. Há, porém, muitos outros que sofrem do mesmo mal, e é para eles que escrevo, sem estar bem certo de que prestarão atenção. Mas, caso ninguém se acautele, servirão minhas palavras, ao menos, como constatação de que eu próprio me curei e, como a raposa apanhada no laço, roí meu pé prisioneiro."
(Tradução de Paulo M. de Oliveira e Adelaide Pinheiro Guimarães, Ediouro.)
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