"Naquele tempo, com a barriga na miséria, eu vagava pelas ruas de Cristiânia, cidade singular, que deixa marca nas pessoas...
Em minha água-furtada, estirado e sem dormir, escutei um relógio dar seis horas, lá embaixo. Era dia claro, as pessoas começavam a circular pela escada. Junto à porta, o quarto estava atapetado com velhos números do Morgenbladet. Eu podia ler distintamente o aviso do diretor dos Faróis e, um pouco à esquerda, vasto, rechonchudo, o anúncio de pão fresco, do padeiro Fabian Olsen."
(Tradução de Carlos Drummond de Andrade, Abril Cultural.)
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