Se quiserem dar um nome a este conjunto de disparatadas notas que publico aqui, talvez o melhor seja chamá-lo de diário. Soa antiquado esse termo, bem sei, mas também antiquado é quem o escreve. Quem - depois ver a palavra antiquado duas vezes na mesma frase - há de manter algum interesse na leitura? Do diário de um jovem, ou de uma jovem, é comum esperar situações ao menos picantes. O que um velho que há muito só pensa em arte e literatura pode oferecer a essa legítima expectativa? Que excitante confissão escreverei? Direi que nunca vi melhores pernas que as da poesia? Ou que, se me envolver passionalmente com alguém do meu gênero, darei preferência a um soneto de olhos verdes?
Nenhum comentário:
Postar um comentário