"A literatura não nasceu no dia em que um menino chegou correndo e gritando 'lobo, lobo', vindo de um vale neandertal com um grande lobo cinzento em seus calcanhares: a literatura nasceu no dia em que um menino chegou gritando 'lobo, lobo', e não havia nenhum lobo atrás dele. Pouco importa que, por mentir com frequência, o pobre garotinho finalmente tenha sido devorado por um animal de verdade. O importante é que, entre o lobo em meio ao capim alto e o lobo na história pouco crível, há um elo cintilante. Esse vínculo, esse prisma, é a arte da literatura."
(De Lições de literatura, tradução de Jorio Dauster, Editora Três Estrelas.)
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